A escolha do papel certo pode fazer toda a diferença no seu projeto de colorir! Ele pode fazer seus marcadores deslizarem suavemente, seus lápis se misturarem perfeitamente e o resultado final parecer uma verdadeira obra de arte.
Por outro lado, um papel inadequado pode causar borrões, linhas feias ou cores sem vida.
Este guia vai te ajudar a entender os fatores mais importantes na hora de escolher o papel, combinando-o com suas ferramentas de colorir e dando dicas práticas para imprimir e guardar suas criações.
O Segredo do Papel Perfeito para Colorir
1. Os Quatro Pilares do Papel
Conheça os pontos essenciais para não errar na escolha:
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Gramatura (GSM / lb): Isso se refere ao “peso” do papel. Quanto maior a gramatura, mais resistente ele é a amassados e a tinta que “vaza” para o outro lado.
- Para a maioria dos desenhos, procure papéis entre 120 e 160 g/m² (ou 32–43 lb text).
- Se for usar materiais mais úmidos (como aquarela) ou colorir frente e verso, prefira papéis acima de 200 g/m².
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Textura (Tooth / Superfície): É a sensação do papel ao toque.
- Liso: Ideal para marcadores e canetas de ponta fina, pois a tinta não “escorrega” e as linhas ficam nítidas.
- Levemente texturizado: Ajuda os lápis de cor macios a aderirem e permitindo várias camadas de cor.
- Áspero: Perfeito para lápis de aquarela e aguadas, pois a textura segura a água e o pigmento.
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Acabamento (Revestido vs. Não Revestido):
- Papel revestido (coated): Tem uma superfície lisa que mantém a tinta do marcador bem definida, mas pode “repelir” o pigmento do lápis.
- Papel não revestido (uncoated): Absorve as camadas de lápis de cor, mas pode fazer a tinta líquida “espalhar” se for muito poroso.
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Cor e Brilho:
- Branco brilhante: Permite que as cores apareçam em sua tonalidade mais verdadeira.
- Papéis tonificados (bege, cinza): Ótimos para adicionar profundidade, pois você pode trabalhar tanto com luz (destaques) quanto com sombra.
2. Combinando o Papel com Sua Ferramenta de Colorir
Cada ferramenta tem seu par perfeito:
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Lápis de Cor:
- Melhor escolha: Bristol Vellum (250 g/m²). Ele tem uma textura leve que ajuda na mistura sem “comer” o lápis.
- Opção econômica: Papel de apresentação fosco de 160 g/m². É liso, mas resistente o suficiente para camadas leves.
- Dica profissional: Ao finalizar, esfregue suavemente a última camada para evitar o “florescimento” da cera (um tipo de resíduo esbranquiçado que pode aparecer).
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Marcadores à Base de Álcool:
- Melhor escolha: Papel para Marcador (70–90 g/m²). Apesar de fino, ele é resistente ao vazamento de tinta graças a um revestimento especial. As cores ficam vibrantes e não borram.
- Alternativa: Cartão de alta gramatura de 200 g/m² se precisar de páginas mais firmes para colorir só de um lado.
- Evite: Papel sulfite comum – ele “bebe” a tinta, causando manchas e cores opacas.
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Marcadores à Base de Água e Canetas Pincel (Brush Pens):
- Melhor escolha: Papel de Mídia Mista (180–250 g/m²). Ele tem um bom equilíbrio entre absorção e suavidade.
- Dica: Deixe as camadas secarem completamente antes de adicionar detalhes para evitar que o papel “desfie”.
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Giz de Cera e Pastéis a Óleo:
- Melhor escolha: Papel de desenho de 160 g/m² com textura média. Tem textura suficiente para “segurar” o giz sem esfarelar.
- Toque divertido: Experimente papel sulfite colorido; giz de cera branco fica incrível para efeitos tipo giz de quadro.
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Lápis de Aquarela e Aguadas Leves:
- Melhor escolha: Papel para Aquarela de grão fino (Cold-Press Watercolor Paper) (200–300 g/m²). Sua superfície texturizada aguenta a mistura úmida sem enrugar.
- Truque de preparo: Cole levemente as bordas do papel em uma superfície firme para reduzir o enrugamento ao secar.
3. Imprimindo Suas Próprias Páginas
Se você baixa e imprime desenhos, estas dicas são para você:
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Jato de Tinta vs. Laser:
- Jato de tinta: Imprime pretos mais ricos em papéis texturizados, mas a tinta pode borrar com materiais úmidos, a não ser que você use tintas à base de pigmento.
- Laser: Oferece linhas super nítidas e resistentes à água.
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Caminho do Papel na Impressora: Bandejas de alimentação traseira (aquelas que o papel entra por trás) são melhores para papéis mais grossos. Verifique as especificações da sua impressora antes de usar papéis acima de 200 g/m².
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Configurações de Escala: Escolha “Tamanho Real” para desenhos que já vêm com o tamanho certo. Se as margens estiverem sendo cortadas, selecione “Ajustar à Área de Impressão”, mas saiba que o tamanho final pode ser ligeiramente reduzido.
4. Evitando Borrões e Marcas Indesejadas
Ninguém quer a tinta vazando para o outro lado!
- Teste: Sempre comece colorindo um cantinho discreto da página para ver como o papel reage.
- Folha de Proteção: Coloque uma folha de rascunho por baixo da página que você está colorindo, especialmente se usar marcadores. É uma “rede de segurança” contra vazamentos.
- Densidade de Tinta da Impressora: Se as impressões estiverem muito escuras ou saturadas, reduza o volume de tinta em 5-10% nas configurações da impressora.
5. Guardando e Exibindo Suas Obras
Proteja suas criações para que elas durem muito tempo:
- Armazenamento Plano: Guarde suas páginas em plásticos livres de ácido dentro de uma pasta ou fichário para manter as cores vibrantes.
- Spray Fixador: Uma leve camada de spray fixador (encontrado em papelarias e lojas de arte) em trabalhos com lápis ou pastel evita borrões. Aplique ao ar livre e deixe secar bem.
- Proteção UV: Se for emoldurar peças especiais e elas ficarem em locais com sol, use molduras com vidro com filtro UV para evitar que as cores desbotem.
Tabela Rápida de Referência de Papéis
O Segredo para Cores Que Brilham no Papel Certo
O melhor papel não é necessariamente o mais caro, mas sim aquele que se encaixa perfeitamente com seu estilo de colorir e com as ferramentas que você usa.
Antes de comprar um pacote grande, experimente pequenos blocos de diferentes tipos, faça anotações sobre como cada papel se comporta e, em pouco tempo, você terá seu arsenal personalizado que fará cada cor vibrar!
Quando o papel, o pigmento e o propósito se alinham, suas sessões de colorir se tornam inesquecíveis.
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